12.2.11

desafio #5 Carta para uma pessoa falecida com a qual gostavas de falar











Visto que nenhum familiar ou amigo próximo morreu desde que eu nasci, vou fazer a carta para o António Feio.








sim, nunca o cheguei a conhecer, nem ninguém meu conhecido. mas não estou hoje aqui a falar sobre mim, ou sobre os meus amigos. estou aqui, a prestar homenagem a este homem, que muito valeu a portugal, dos poucos que soube realmente viver a vida, coisa que a maior parte não sabe, nem lá perto.
podemos dizer "eu sou tão feliz, eu sou mesmo mesmo feliz!", mas o que não sabemos, é que a maior parte de nós não foi feliz como ele, nem sofreu como ele.


feliz como ele, porque ele soube viver a vida. e quem sabe viver a vida, aí sim, aí é realmente feliz. ele soube que tinha cancro, e ao contrário de toda a gente, ele continuou em frente. ele nunca mostrou medo, nem insegurança por causa disso, nunca escondeu que tinha aquela doença. ele continuou a realizar o seu sonho, continuou a fazer o que melhor fazia: teatro. ele nunca desesperou, nunca deixou de trabalhar, de fazer espectáculos, acontecesse o que acontecesse, ele vivia a vida, como se o mundo acabasse no dia a seguir.
sofrer como ele, porque apesar da imagem forte que passava, sabe-se que ter cancro não é das coisas mais fáceis, ainda por cima do pâncreas! mas ele nunca desistiu, ele nunca deixou de ser quem era, sempre tentou ser a perfeição em pessoa, sempre deu o melhor que podia, sem nunca deixar nada para trás, ele sim, ele viveu a vida.


e este homem? este homem deve ser homenageado com todas as palavras do mundo, e mais algumas. porque ele deu a esperança que faltava a milhões de pessoas, ele foi um exemplo de pessoa, e quem teve a sorte de o conhecer, sabe disso melhor que ninguém!
e em termos profissionais, foi dos melhores actores que por Portugal passou, dos melhores mesmo. ele conseguia pôr as pessoas a rir-se. e apesar da fama que tinha, ao contrário de muitos famosos (que nem deviam de o ser), soube dar valor às pequenas coisas, nunca desprezando ninguém, ninguém mesmo! ele soube 
melhor que ninguém, que o seu tempo de vida podia acabar já no dia seguinte, viveu sempre com um sorriso estampado na face, viveu sempre cada dia como se fosse o último da sua carreira, o último da sua vida.


e como o ditado o diz : " o que é bom, acaba depressa ", e de certeza absoluta que foi o que se passou contigo. porque tu eras um exemplo para mim, e continuas a ser. e claro, que a vida de uma pessoa, começa, e acaba, mas merecias ter mais um tempo de vida.
mas apesar disso, eu acredito que tenhas ido para um lugar melhor, e apesar de nunca nos termos conhecido, obrigada.


« não deixem nada por dizer, nada por fazer. »

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