3.4.11

correr por gosto não cansa, parte um*


Chamava-se Mafalda. Tinha 16 anos e era muito simpática. Tinha cabelo castanho claro, comprido e os seus olhos eram azuis, brilhantes e enormes. Eram lindos, talvez os mais bonitos que jamais alguém tinha visto. Desejava seguir representação, fora de Portugal, coisa que para ela se encontrava muito difícil, pois nunca tinha representado a sério. Media mais ou menos 1,75m e trazia vestido uns calções amarelos, sapatilhas rasas e uma túnica média. Tinha o seu telemóvel no bolso, auriculares no ouvido, e andava pela praia, à beira-mar, a ouvir músicas do Bob Marley, e do Adam Lambert, seus cantores de eleição.
- Olá Mafalda. Por aqui hoje?
Era Daniela, a sua melhor amiga. Vivia apenas com a mãe, pois o seu pai tinha-as abandonado antes de Daniela nascer. Esta e Mafalda eram como duas grandes irmãs, inseparáveis. Andavam sempre juntas, desde os seus 2 anos, que se conheciam. Eram vizinhas, até que aos 4 anos, a mãe de Daniela teve que ir viver para Itália, deixando a filha com os pais da sua amiga. A sua mãe ia visitá-la todos as férias de Natal, Páscoa, Carnaval e Verão, para as saudades não "transbordarem" pelos olhos, como já tinha acontecido no dia de se separarem.
Daniela era mais baixa que Mafalda, fazendo parecer a toda a gente que era a sua irmã mais nova, apesar de não serem nada parecidas fisicamente. Daniela tinha cabelo louro, e seus olhos eram castanhos. Trazia um vestido vermelho, e vinha descalça, com os chinelos na mão direita.
- Olá Daniela. Sim, vim dar uma volta pela praia, está-se tão bem aqui hoje!
- Ora nem mais, está mesmo bom tempo, até admira.
- Concordo amiga.
- Bem, mas voltando ao assunto, o teu pai disse para te vir chamar. O almoço está pronto.

continua ...

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