28.3.11

parte seis*


na manhã seguinte, Rita combinou com o seu "suposto" namorado no bar da praia. Rita estava sempre a ir a esse bar, pois a sua casa ficava apenas a dois quarteirões de lá.
tinham combinado estarem lá às onze horas da manhã.
Rita tinha chegado minutos antes, para ter tempo ainda de tomar o pequeno-almoço, pois ainda não tina arranjado tempo para o saborear. Henrique chegou, e Rita estava com a cara super vermelha, como se tivesse estado a chorar minutos antes.
- está tudo bem? - perguntou Henrique, e por estranho que pareça, parecia bastante preocupado.
- não, não está. preciso urgentemente de falar contigo.
- diz, estou aqui para tudo.
- à uns dias atrás, ouvi tu a falares com a Francisca, e a dizeres que a amavas. ouvi também vocês ontem a falarem de mim, a dizer que eu andava desconfiada, e que vocês tinham de ter mais cuidado, para não serem apanhados "com a boca na botija". - dito isto, Rita começa a chorar.
- não Rita. entendeste tudo mal, eu era incapaz de te fazer isso, jamais mesmo.
- pois, eu também acreditava que sim. nota-se que estás a mentir, eu conheço-te Henrique!
- bem, então parece que não me conheces o suficiente para saberes que te amo, e que jamais te traíria.
- ai Henrique, não fervas mais a água que ela já está a escaldar! "eu era incapaz", "eu amo-te", bla bla bla, estou farta, sabes? estou completamente farta. pensava que eras diferente, mas afinal, enganei-me. em teu respeito, e em respeito à Francisca. sempre lhe confiei tudo e ela agora faz-me isto? não, vocês não têm perdão possível. dão-me um abraço pela frente, e apunhalam-me pelas costas.
Rita abandona o bar o mais rápido que consegue, mas não tinha ido para casa. desta vez não.

( continua ... )

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